domingo, 29 de julho de 2012

Quando nos deparamos com o mundo político, o concreto mundo da política, nos da a entender que existem diferenças entre política, ser político e fazer política. Política é uma ciência, é arte, é o meio de se fazer o bem comum. Pode ser entendida também de forma deturpada, apenas como um processo eleitoral para eleger pessoas para presidente, governador, prefeito, senador, deputado e vereador, onde o eleitor não busca saber quem são as pessoas que eles buscam para representá-los, se estes possuem um compromisso com a função e o papel que irão representar em qualquer das esferas quer Municipal, Estadual ou Federal. Imaginem ai caímos na cilada votando em alguém sem nenhum compromisso com a função ou o papel que representa.
Nesse caso, o eleitor cumpre apenas sua obrigação com a normativa legal que o obriga a ir votar, ou por outro lado negocia o voto de forma individual, ou coletivamente conforme o tamanho do curral eleitoral. Ser político, na essência verdadeira, é fazer valer os direitos dos cidadãos e o dever do Estado, conforme prever a legislação. É ter a capacidade de envolver a sociedade e envolver-se na defesa intransigente de um mundo justo e fraterno. Mas, na politicagem, pode ser uma forma de se dar bem, de fazer assistencialismo, ver no outro um objeto que se transforma em voto, uma mercadoria que pode dar lucro.
O importante é que o sujeito o eleve ao poder, não importando os meios, o compromisso e muito menos a ideologia. Fazer política exige o conhecimento cientifico da palavra e da função a ser exercida. É saber fazer o bem comum. Cumprindo o papel e os deveres atribuídos ao cargo. É ter ética, compromisso e dignidade. Mas na prática, o modelo capitalista pode ser uma forma para fazer corrupção, criar status, ter prestigio, ter poder, acumular riquezas, oprimir, ter influências. Ser meios de gerar dependências e alimentar currais eleitorais com assistencialismo, opressão, exploração, analfabetismo, desemprego, falta de moradia, saúde, transporte, educação, reforma agrária.
O grande questionamento que se faz é que ambas as formas de se ver ou fazer política exige a presença do eleitor para levar o político ao poder. Porém, só minoria do eleitorado é consciente, sabedor do seu dever, com ideologia convicta. Assim sendo, os meios para se chegar ao poder variam conforme cada indivíduo, uns compram votos com moeda, os que estão no poder usam a máquina, outros usam o poder do convencimento. O certo é que, através do voto, sem dinheiro dificilmente se chega ao poder. O politiqueiro colocou o eleitorado viciado, tanto no campo, como nas cidades.
O forte argumento usado pelos políticos eleitoreiros, de “direita ou esquerda”, é que no processo eleitoral não pode existir ética nem princípios, porque é unicamente o voto que leva o candidato ao poder. Com esse argumento, qualquer um pode chegar. Mas somente em discursos se diferenciam, na realidade nenhum destes fará nada ao povo, não servirão com justiça aos Municípios, Estados ou à União. Depois de eleitos passarão a viver a singularidade de seu mundo usando e abusando; claro, não são todos, caros leitores, observem aqui mesmo em Itupeva, já puderam notar fatos idênticos? O homem ou a mulher devem servir à política por idealismo, livres das amarras que comprometem a moral e aos costumes.

Antonio Freitas Neto


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